08 dezembro 2005

Uma proposta de fuso horário para o extremo leste do Brasil


O Brasil é um país de dimensões continentais. No inconsciente coletivo da população é um país que vai do Oiapoque ao Chuí, embora essa referencia tenha sido alterada pelos geógrafos, que corrigiram a localização dos pontos extremos do Brasil, tanto no norte quanto no sul. Devido a essa verdadeira “marca” imposta na consciência das pessoas, não se percebe que o Brasil é também imenso, comprido, longo, distante no sentido leste – oeste. A distância entre os extremos longitudinais é tão grande quanto os extremos latitudinais. É um país verdadeiramente continental! Essa realidade impõe diferenças regionais, culturais, sociais também no sentido leste-oeste. E não somente no sentido norte-sul. Uma dessas diferenças está relacionada aos diferentes horários adotados em cada região, o chamado fuso-horário.

A realidade de um Brasil tão distante, também no sentido longitudinal, faz com que tenhamos o tempo do nascente e o tempo do poente de forma muito díspare que penaliza as pessoas, o ritmo biológico, o ritmo de trabalho e a economia. O poder oficial brasileiro impôs ao país um divisão de fuso horário que não satisfaz a realidade natural e tampouco a realidade sócio-econômica. Em Natal, por exemplo, temos o nascente em torno das 4h30 praticamente o ano todo. Pela proximidade da linha do Equador, a variação do horário de nascente e de poente é muito pequena ao longo do ano, entre inverno e verão. No Estados Unidos, país que possui – visualmente – uma longa distância leste-oeste, há seis diferentes fusos horários. Esses horários foram definidos com objetivo de qualificar o ritmo natural, biológico das pessoas e assim proporcionar conforto nas atividades sócio-econômicas. Se temos no Brasil também uma longa distância leste-oeste, por que possuímos apenas três fusos horários? O primeiro diz respeito ao chamado horário de Brasília, o segundo que abrange oeste do Pará e os estados do Amazonas, Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e o terceiro referente ao Acre. Há um quarto fuso que atende Fernando de Noronha, mas pouco considerado. A realidade natural da extensão leste-oeste impõe a inclusão do extremo da região nordeste no fuso de Fernando de Noronha. Com o nascente às 4h30 e o poente às 17h30, a região dos estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte tem um grande prejuízo sócio-econômico.

A população desses estados perde, diariamente, duas horas de sol, portanto de atividade econômica e social pela manhã e mais uma hora no final do dia, com o poente às 17h30. O horário de verão brasileiro não somente deveria ser adotado na região nordeste, como deveria ser implantado definitivamente. No caso dos estados em referencia o nascente ocorrerá às 5h30 – um horário apropriado para o inicio das atividades sócio-econômicas – e o poente às 18h30, também adequado para o encerramento das atividades, principalmente econômicas, ou seja, de trabalho, de aulas e ainda com um tempo para uma gostosa caminhada nos calçadões.

16 novembro 2005

Estágio em Jornalismo

Este é um tema caro para estudantes, profissionais e professores de jornalismo. Os estudantes quando chegam nos últimos semestres visualizam na oportunidade de estágio uma garantia de trabalho após a conclusão do curso e uma forma de se integrarem no mercado profissional e atuar ao lado de “jornalistas profissionais”, alem é claro do fato da visibilidade pessoal. Esse mercado por sua vez é cruel com os estudantes. Antes de continuar é importante esclarecer uma premissa deste texto: estágio em jornalismo é ilegal. A atuação na atividade jornalística é restrita aos profissionais diplomados. Os estudantes têm um destino triste. Quando concluem o curso e alimentam uma esperança de garantir o emprego com o diploma na mão, são dispensados. E em seu lugar a empresa admite novo estagiário. Por que acontece isso? Simples. O salário pago aos “estagiários” não passa de um salário mínimo. O contrato de estágio não dispende a empresa de várias obrigações trabalhistas, o que torna essa atividade muito interessante.

De outro lado o “estagiário” cumpre as mesmas tarefas e, muitas vezes, sem qualquer demérito em relação ao jornalista profissional. Importante destacar que os contratos de estágio administrados pelas instituições que gerenciam a atividade, como IEL ou CIEE, não garantem a legalidade da situação. Do lado dos cursos de jornalismo e dos professores, a figura do estágio não tem controle, não há supervisão e não se tem como garantir que aconteça o processo de aprendizagem, objetivo claro de qualquer procedimento de estágio nas demais áreas profissionais. Além disso, sem supervisão, o estagiário acaba realizando tarefas relativas ao serviço de cafezinho ou de entrega e recebimento de documentos, é um multitarefa. Sem supervisão o estudante assimila todos os vícios comuns da profissão, existente no cotidiano de qualquer prática profissional.

A partir da pseudo-experiência há um convencimento de que aprendeu o suficiente e necessário e que o estudo, a pesquisa é dispensável, pois está entre o olimpianos do jornalismo e portanto se sente integrante. A realidade despenca nos momentos que sente a angústia de produzir um bom texto, nos momentos em que a chefia de redação cobra um trabalho melhor realizado e, principalmente, no momento que é dispensado do “estágio”. Para estudantes, profissionais e professores de jornalismo é importante lembrar que o Ministério Público do Trabalho realiza fiscalização periódica, pois há abusos e irregularidades no processo de estágio. Ter clareza que o “estágio” realizado muitas vezes sem qualquer remuneração ou por meio de pagamento simbólico é considerado fraude e portanto passível de processo judicial. Mas nem tudo está perdido.

Existe em vários estados uma regulamentação de estágio que é estabelecida entre as universidades, o sindicato dos jornalistas e as empresas que desejam oferecer oportunidade de estágio, além disso o estágio deve estar previsto no Projeto Pedagógico do Curso. Os estudantes de jornalismo devem conhecer bem a legislação que regulamenta a profissão, principalmente o que trata o Decreto n.º 83.284 de 13 de março de 1979, no artigo 19 que diz: “Constitui fraude a prestação de serviços profissionais gratuitos, ou com pagamentos simbólicos, sob pretexto de estágio, bolsa de estudo, bolsa de complementação, convênio ou qualquer outra modalidade, em desrespeito à legislação trabalhista e a este regulamento”.

05 novembro 2005

A insensatez de um governo desequilibrado

O resultado do Referendo foi mais uma das muitas atrapalhadas do governo atual. Cercado de fatos que mais atrapalham a normalidade democrática do que ajudam na manutenção de uma economia estável e de uma política consistente. O resultado das urnas no último domingo não representa a vontade popular cansada de tanta violência. Os fatos do cotidiano fazem refém a população que está na mão dos bandidos. É uma violência generalizada desde os pequenos roubos do supermercado, da padaria da esquina, passa pelos assaltos, roubos de carro e chega aos roubos milionários comandados pelos políticos corruptos. Mas numa república de bananas ladrão de galinha vai para a cadeia, ladrão da economia nacional faz festa de aniversário para centenas de convidados em sua chácara no interior do país.

E muito pior que o resultado do Referendo, onde, verdadeiramente, a população deu um recado aos políticos e ao governo federal, é o próprio Referendo. Num país carente de escolas, hospitais, onde professores universitários estão parados há mais de 60 dias sem qualquer sinal do governo para resolver a situação, onde o ministro da Educação diz que não há como melhorar a educação se os professores recebem salários de fome, mas não passa de discurso, pois as verbas estão destinadas ao caixa 2; a despesa para organizar e realizar o Referendo chegou a quase 1 milhão de reais, dinheiro suficiente para equipar muitas escolas e hospitais. O Congresso Nacional decide, nos conluios ou no voto, matérias muito mais importantes que o que foi decidido pelo Referendo, não há justificativa para essa gastança. O fato apenas demonstra o desequilíbrio de um governo desgastado e inócuo, que para demonstrar seu compromisso com a democracia leva milhões de brasileiros às urnas. E um fato que deveria ser tratado de forma mais coerente, de forma mais séria, é decidido a partir de um desgaste político do governo federal e impõe, portanto, uma decisão que não corresponde aos anseios da população, ou seja, acabar com a escalada exacerbada da violência, acabar com a insegurança em que vive cada brasileiro.

A mídia de maneira geral não apresenta claramente o caos em que vive o país, até mesmo para não criar convulsão social. No entanto, a institucionalização da violência, os altos índices de desemprego, a miséria que assola cada dia mais a população de um lado e de outro o gasto desenfreado da classe política, seja representada pelo congresso, seja representada pelo palácio do Planalto, em que se falam em milhões de reais com uma naturalidade absurda, diante de uma população miserável que sobrevive com R$ 300,00 por mês. Muitos condenaram o SIM, muitos condenaram o NÃO, mas poucos avaliaram a desfaçatez de um plebiscito sem propósito e de orçamento milionário. E a uma mídia que mostra a população “exercendo seu papel de cidadão”. É cômico verificar o trabalho de produção, produção mesmo, das emissoras de TV e assistir as reportagens em que se mostram senhoras idosas, pessoas simples “orgulhosas por exercerem sua cidadania por meio do voto”.

03 setembro 2005

Congresso Nacional no fundo do poço

O Congresso Nacional perdeu todo respeito. Os políticos, regra geral, não tem moral para falar qualquer coisa. Espera-se que a população tenho boa memória e não recoloque essa turma em Brasília. O povo tem memória! Tanto é verdade que a cada ano aumenta sensivelmente o números de votos brancos, nulos e não votantes. O problema é que o governo, o judiciário e os parlamentares não querem ver isso e mesmo que um candidato seja eleito por 1 voto, tomará posse e é isso que importa para eles. Se o voto não fosse obrigatório no Brasil, com certeza teríamos candidatos eleitos por míseros votos. Talvez o poder judiciário avaliasse melhor o processo eleitoral.

2005, caos e catástrofe!

Sem dúvida alguma 2005 se constitui a cada semana, a cada mês num ano singular para todos. Os fato começam a efervescer a partir de maio. Primeiro são as denúncias de corrupção nas estatais, o que, para a maioria da população não é segredo e nem algo supreendente. Contudo esses fatos se tornam agravantes e aí sim supreendentes quando a corrupção é escancarada e realizada num governo que se diz democrático, trabalhador, ético, sério; um governo que se elegeu com a bandeira da ética e da não corrupção. Uma pausa nesse tema, necessária, pois todos conhecem bem o enredo, se trata de procedimentos regulares em todos os governos brasileiros. Do outro lado estão os fatos que também chocam a população e a deixa perplexa e assustada. São os revéses da natureza: a rotina do ciclone no sul do país, as mudanças bruscas de temperatura quando num dia há um calor abafante e noutro um frio de bater o queixo. Num outro ponto do planeta furacões que arrasam cidades, muito bem anotado por uma fonte de uma revista semanal que afirmou estar vivendo no terceiro mundo, tal a situação de caos da cidade após a passagem do furacão. E ainda em outro ponto a terra pega fogo, em queimadas gigantescas que ameaçam cidades. A natureza, mais do que as pessoas, reclama do trato que recebe. Contudo a natureza não amorfa, não está anestesiada como estão todos com tanta balbúrdia, com tanto roubo da "coisa pública". Os homens deveriam se mirar nas manifestações da natureza, assim como os primitivos faziam. Aconteceram fatos que não estão corretos, em acordo com os mais elementares e éticos processos de relacionamento humano, se manifestar como a natureza agredida. Se formar observar de forma mais detalhada e com olhar mais distante, poderemos perceber o caos neste minúsculo planeta. As relações de corrupção, de favorecimento, de se levar vantagem em tudo, de estabelecer critérios como "aos amigos tudo, aos inimigos a lei", ou ainda, fomentar um único e padronizado pensamento em instituições que deveriam desenvolver e defender a universalidade e a diversidade de idéias, teses e posições. De outro lado, governantes que estão completamente insensíveis aos problemas da população, seja neste terceiro mundo ou na "América". Os fatos nas cidades atingidas pela fúria da natureza demonstra que os dirigentes não desenvolvem ações para atender a população. Se a casa dos mesmos não for atingida, não querem saber o que acontece com os outros. Somente lembram "dos outros" em épocas de eleição. É o caos! Organizado ou desorganizado? Momento complicado este!

30 agosto 2005

Imprensa colabora com a pizza das CPI's

O processo em curso nas Comissões Parlamentares de Inquérito realizada no Congresso Nacional, sejam as CPI’s mistas (CPMI) – deputados e senadores – ou formadas exclusivamente por deputados ou senadores, apresentam informações sob, pelo menos, dois aspectos. O primeiro e também o principal se trata das informações que os parlamentares, no processo de investigação, questionamentos e apuração diante dos depoentes, produzem e que enriquecem a população brasileira no que diz respeito ao conhecimento dos mecanismos de corrupção e da identificação dos possíveis envolvidos nesse crime. Esse lado do trabalho da imprensa é o mais conhecido e é o que mais a população visualiza e percebe. No entanto existe o “outro” lado não tão claro assim, mas não menos importante. As sessões das CPI’s se tornaram um palco onde dezenas de atores se revezam em performances dignas dos melhores atores de Hollywood. Comentário em sala de aula recentemente sobre a cobertura da imprensa nas CPI’s enfatizou o trabalho incessante dos assessores de imprensa ou comunicação no trabalho de confecção dos releases eletrônicos. Deputados e Senadores se acotovelam para aparecer mais e melhor na frente das câmeras. O fato chega ao ridículo quando alguns políticos solicitaram intervenção para dizer que esqueceu o que ia perguntar ou então, como aconteceu recentemente com uma senadora sulista, fazer a mesma pergunta realizada anteriormente há alguns minutos, cena acompanhada por milhões de pessoas, pois uma rede de televisão veiculou o episódio de forma capciosa. Não obstante ao objetivo pouco ética da emissora, o fato é que há uma nova novela no ar. Parece que os maquiadores de plantão no Congresso estão com as agendas lotadas. Sim, pois cada “ator” deseja aparecer com visual impecável. E o que deveria ser uma sessão séria, uma investigação para apurar a corrupção e os crimes eleitorais, se torna um espetáculo. E pior, um espetáculo em que será distribuído no final uma grande rodada de pizza para a platéia. Do lado da imprensa, o denuncismo, a espetacularização da notícia agrava o enredo. A imprensa se delicia com os novos “galãs” de plantão. Esse comportamento não contribui para o esclarecimento público, para o legítimo e ético papel de produção e distribuição da informação, um bem público. A imprensa contribui para distorcer as informações. Não atua de forma objetiva. Há um processo crucial para a democracia no país e uma irresponsabilidade dos parlamentares e da imprensa na execução desse processo.

29 agosto 2005

Calçadas perigosas e inadequadas em Natal (RN)

Uma observação mais atenta da cidade faz perceber o também descalabro com os portadores de deficiência física e mesmo para os próprios pedestres. A situação das calçadas é lamentável. É um desrespeito àqueles que necessitam transitar pelas ruas e avenidas e se estão impedidos devido ao completo desnivelamento. Em alguns casos, em algumas ruas de Capim Macio, novas calçadas estão em construção prevendo escadas. É isso mesmo! Embora exista uma lei federal e uma lei complementar municipal que obriga os proprietários na adequação das calçadas, o que se percebe é a construção de verdadeiros obstáculos nesses passeios. Duas situações totalmente ilegais e inconvenientes estão localizadas na mesma via pública em Capim Macio, apenas para citar um exemplo entre centenas que ocorrem em Natal. Essas situações ocorrem na rua Walter Fernandes, local em que a cada chuva mais intensa forma uma lagoa, denunciada várias vezes pela TRIBUNA DO NORTE e pela imprensa em geral, e a prefeitura não toma providências. Nesse local um novo supermercado construiu a calçada para atender os seus interesses e nivelou quase um metro acima do piso da via. O fato criou uma barreira que represa a água, o que vai agravar o problema até então existente. Para atingir o nível do prolongamento da calçada estão a construir uma escada. Uma escada também existe nessa mesma via alguns metros adiante, na direção do bairro. Esses, infelizmente, não são exemplos isolados. Estão espalhados pelo bairro e pela cidade. A organização não-governamental Natal Voluntários, por meio do projeto 7º e 8º tempo, realizou duas campanhas de conscientização para o nivelamento das calçadas que tiveram como tema “Livre acesso às calçadas, Vitória da Cidadania”. Nada adiantou. A lei municipal nº 4090 de 3 de julho de 1992, em cumprimento à constituição federal regulamenta a “eliminação de barreiras arquitetônicas” e obriga aos proprietários a corrigir os desníveis para atender aos portadores de deficiência física para seu livre trânsito. A lei é completamente ignorada e o poder público é inoperante para fazer cumprir a lei. A situação de desnivelamento das calçadas obriga até mesmo pessoas não portadoras de deficiência a realizar uma verdadeira “corrida de obstáculos”. Em algumas o desnivelamento é tão elevado que obriga às pessoas a realizarem “saltos ornamentais” para conseguir transitar. Esta é uma tarefa de moradores, proprietários e do poder público: se faz urgente o nivelamento de todos os passeios públicos, calçadas de Natal. O poder público deve agir e fiscalizar esses problemas, exigir, cobrar dos proprietários a adequação de suas calçadas às leis, sob pena de rigorosas multas. É um completo desrespeito ao contribuinte, ao público que necessita transitar pelas calçadas e pior ainda quando se trata do respeito às pessoas portadoras de deficiência física.

26 agosto 2005

A qualidade de um Curso de Jornalismo e o Sindicato de Santa Catarina

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Santa Catarina - www.sjsc.org.br - realizou na última semana as eleições para a diretoria da entidade. Segundo o sítio da Sindicato, de todos os profissionais aptos a votar, 62,55% compareceram para o pleito. O texto relata ainda que o número de eleitores superou o quórum mínimo, de 146 votantes, que representam 30% do total de associados que estavam em dia com as mensalidades sindicais em 22 de julho. Esse fato representa, de forma sensível, a consciência profissional dos jornalistas no estado. Também representa a qualidade do Curso de Jornalismo da UFSC e dos demais oferecidos na região. Ou seja, até mesmo no momento da participação nas atividades sindicais se comprova o trabalho realizado num curso. Esse não é um fato isolado. A participação do SJSC nas atividades do Cursos da UFSC e, de outro lado, a participação dos alunos nas atividades do Sindicato demonstram a conscientização dos jornalistas e dos estudantes de jornalismo no que diz respeito à sua atividade profissional.
Que este fato sirva de exemplo para professores, coordenadores e dirigentes sindicais do jornalismo em todo o Brasil.

Jorge Pedro reafirma importância de Cursos de Jornalismo


O jornalista e professor da Universidade Fernando Pessoa, em Portugal, Jorge Pedro de Sousa, ressaltou a importância da estruturação de Cursos de Jornalismo. Em sua palestra realizada no último dia 24 de agosto no auditório do CCET, na UFRN, Jorge Pedro disse que a organização dos cursos da área de comunicação que formam jornalistas em CURSOS DE JORNALISMO é necessária e imprescindível para a qualidade do ensino e da formação profissional. Diz ele que há muitas áreas no jornalismo que devem ser estudadas no período do curso e que um curso que seja organizado em módulos de comunicação e de ciências humanas pode prejudicar a qualificação do profissional. Jorge Pedro entende que os estudos de filosofia, sociologia, antropologia, psicologia e outros devem ser diluídos no decorrer do curso e sempre associados às práticas do jornalismo. Não se trata de separar aquilo que é técnico do que é teoria ou ciências humanas, mas realizar a integração das matérias. A atividade jornalística requer do profissional amplo conhecimento em ciências sociais, humanas e exatas, mas esse conhecimento não pode ser apartado da sua prática, pois no cotidiano da produção jornalística não se fará qualquer separação.
A palestra foi promovida pela Base de Pesquisa Comunicação, Cultura e Mídia da UFRN, como parte das atividades do Curso de Especialização em Jornalismo Econômico.

18 agosto 2005

Jornalismo e Reforma Universitária

O documento produzido pelo FNPJ, FENAJ e SBPJor é substancial nas reflexões sobre as repercussões que o projeto da Reforma Universitária poderá infligir aos cursos de jornalismo. Estão claras as reflexões das entidades sobre a questão do chamado ciclo básico, da redução do tempo de duração dos cursos. Em reunião recente com o professor Mário Pederneiras da Secretaria de Educação Superior do MEC, as três entidades reforçaram o tempo mínimo de 2700 horas para o curso de jornalismo, garantidas pela Resolução CNE 329/2004. Assim, não se pode aceitar a diminuição do tempo de 4 anos, em que se desenvolvem essas 2700 horas, bem como temos que reforçar a necessidade de um ensino de jornalismo pautado em disciplinas que tratem de jornalismo, desenvolvam a atividade jornalística e, fundamentalmente, gerem novos conhecimentos do e no jornalismo. É preciso avaliar cuidadosamente a versão final do texto do anteprojeto que foi entregue ao presidente Lula e que será enviado ao Congresso, segundo informações, até o final do mês de setembro. Professores de Jornalismo, Jornalistas, Pesquisadores em Jornalismo, estudantes, todos devem ficar atentos às mudanças que podem precarizar a formação do profissional de jornalismo sob vários aspectos. Nesse sentido é importante reforçar a necessidade de que todos os professores de jornalismo conheçam detalhadamente o anteprojeto e o documento produzido pelas três entidades. Houve um avanço significativo no relacionamento MEC e entidades do Campo do Jornalismo. Hoje o campo do jornalismo está plenamente representado na composição das áreas de ensino, pesquisa e profissão. Até alguns anos atrás somente a FENAJ fazia uma discussão com o Ministério no que diz respeito aos Cursos de Jornalismo. Agora há uma representação mais sólida e com maior respaldo perante os agentes do campo. Dessa forma há condições de apresentar as questões da área e ser atendidos. O interesse demonstrado pela Coordenadora do Anteprojeto da Reforma, professora Eunice Araújo às propostas elaboradas pelo FNPJ, FENAJ e SBPJor, sistematizadas no documento Contribuições do Campo do Jornalismo para o anteprojeto da Reforma Universitária, sinalizou a qualidade e a pertinência das propostas. A partir disso abri-se um espaço significativo de diálogo com o MEC para que se possa, no decorrer do tempo, discutir as outras questões que preocupam a área de jornalismo, principalmente no que diz respeito à autorização de novos cursos e à qualidade dos existentes. Por ocasião do Seminário em Brasília, marcado para o dia 18 de agosto, se pretende fazer uma reunião na SESu para que possa iniciar um diálogo sobre essas questões. Como destacado em artigo anterior, a responsabilidade pela formação de jornalistas competentes, éticos, está, em parte, nos cursos de jornalismo. Se há distorções nesse aspecto, se deve a uma formação precária, distorção que não pode ser corroborada pelos dirigentes das empresas midiáticas quando se criam espaços de trabalhos desqualificados, sem uma formação minimamente necessária.

23 julho 2005

Helio Costa será o ministro do discurso

O senador e atual Ministro das Comunicações, Hélio Costa corre o risco de se tornar o ministro do discurso. Chegou com a banca toda dizendo e acontecendo. Sua primeira investida sobre as teles, comentou que iria acabar com a assinatura básica que, como dizem os jornais, tem centenas de processos nas mais diversas instâncias jurídicas do país, em que se contesta essa espúria taxa. Do anúncio de baixar em pelo menos 50% a taxa, foi em seguida a atenção apenas para a classe mais pobre da população, mas numa reunião com diretores da principais "teles", baixou a bola e, "malas de dinheiro" nessa história, não fará qualquer coisa para acabar com a trágica taxa de assinatura das linhas telefônicas. Esse é o verdadeiro poder neste país. Do dinheiro!

21 julho 2005

ACM e Collor em período de festa

O Partido dos Trabalhadores tem provocado, pela mídia, momentos festivos para Antonio Carlos Magalhães e Fernando Collor de Melo. A audiência deles para o Jornal Nacional da TV Globo tem promovido muita festa, muitas alegrias. PT, quem te viu, quem te vê! A exposição ostensiva proporcionada pela Globo do neto de ACM, em falas acaloradas e discursos estridentes, devem deixar o comandante baiano em momentos contínuos de felicidade. De outro lado, Collor deve se esbaldar pela figura de um novo "homem da mala, do dinheiro" e lembrar com saudades do seu tesoureiro. O espetáculo está na tela! Viva o grande circo! O espetáculo foi privilegiado na edição de quinta-feira, 21 de julho, quando o telejornal apresentou o depoimento da esposa do deputado Waldemar dos Santos Neto na Comissão de Ética. Todos os deputados passaram pelo menos uns 30 segundos em pânico, quando a depoente disse que todos receberam as "malas"!

20 julho 2005

Educação no Brasil é item marginal e não prioritário para o governo

A educação no Brasil não tem, verdadeiramente, o tratamento e a prioridade que os discursos governamentais apresentam. Os professores das universidades federais estão, na maioria das instituições, na eminência de uma paralisação. O descaso com o ensino público é notório. As universidades não tem infra-estrutura e seu corpo docente sofre pela falta de condições para a pesquisa, ensino e extensão. Recebem salários minguados que não proporcionam as condições minímas para investir no trabalho de desenvolvimento da ciência no país. Surpreendente é a posição do governador do Paraná, Roberto Requião, numa conversa com os professores da UEPG. Para quem quiser ler a matéria publicado nos jornais ponta-grossenses Diário da Manhã ou Diário dos Campos, poderá confirmar que o governador pretende, explicitamente, acabar com as universidades estaduais. Foi o tempo que a a Universidade de Londrina (UEL), por exemplo, foi sinônimo de pesquisa e da elite acadêmica no país, quando gerou pesquisas que tiveram excelentes contribuições para a sociedade. A Universidade Estadual de Ponta Grossa é uma das que mais tem mais problemas, desde a falta de professores, precariedades na infra-estrutura e o problema maior, geral para todas as universidades do Paraná, que é baixíssimo nível salarial dos professores. Um professor com doutorado recebe algo em torno de R$ 2.500,00. Esse fato gerou e está a gerar a fuga dos professores para outras instituições.

25 junho 2005

Construções que avançam na praia de Ponta Negra


Hotel em construção na praia de Ponta Negra

Estas obras cometem inúmeras irregularidades ambientais. Para formar um deck para lazer e piscina do hotel, foi soterrada quase 80% da praia. A faixa de praia neste ponto é mínima, não dá para caminhar e tampouco para os futuros hóspedes do hotel usarem a praia. O hotel deverá oferecer apenas a piscina. E no entendimento deles, para que mais do que isso? Na maré cheia, não há qualquer faixa de areia para se caminhar. O aterro de areia feito pelo hotel não permite, na maré cheia, que os usuários da praia atravessem de um lado a outro.

23 junho 2005

Chuvas intensas em Natal (RN)


Uma das ruas de Capim Macio com a chuva que caiu hoje!

O dia amanhaceu chuvoso em Natal (RN). Neste momento acumula 12 horas de chuva constante e sem interrupção. A precipitação intercala momentos de forte intensidade e de fraca, mas sem qualquer interrupção. O fato se traduz em inúmeras ruas e avenidas completamente alagadas e residências com muitas infiltrações de água. As paredes de alvenaria não consegue repelir a tamanha quantidade de água e há uma infiltração generalizada nas paredes internas das residências. A foto acima foi publicada na edição desta quinta-feira do Jornal de Hoje. Clique e confira!

22 junho 2005

Aprendizes de jornalistas contaminados pelo denuncismo e parcialidade de fontes

É impressionante constatar que o mal deita suas raízes nos neófitos e se alastra tomando conta dos mais incautos. Apesar de tantas e tantas vezes se orientar pela apuração equilibrada, sensata, ponderada; pela apuração devida de todas as fontes envolvidas no caso e, fundamentalmente, ouvir o denunciado, muitos aprendizes de jornalista estão enterrados nos vícios do pior tipo de jornalismo praticado no país, representado pelos "yellow press". Há centenas de profissionais, ou melhor, "profissionais", entre aspas, pois não dignificam a profissão, e talvez até por ingenuidade e ignorância, desconhecem as regras elementares da ética e dos procedimentos profissionais do jornalismo, pseudoprofissionais que atuam diuturnamente nos becos e porões da mais sórdida produção da informação. Não bastasse o mínimo de bom senso na pratica da apuração e produção do texto, são magistrais na criação de "estórias" e fantasias acerca de um personagem ou de um fato. O pseudojornalista do New York Times, Jayson Blair, é fichinha pequena diante da prática do denuncismo e da leviandade do falso testemunho. Toda esta reflexão é, em si, péssima, ruim, terrível. Fica pior ainda quando remete e se refere a aprendizes de jornalista.
Esses aprendizes - e até que ponto são realmente aprendizes? - não terão, por certo, espaço e possibilidades de atuação profissional - se chegarem lá e salvo apadrinhamento - como jornalistas!
Muito bem se referiu o Observatório da Imprensa na edição de 20 de maio de 2003, sobre o caso Jayson Blair. Trate-se de um estelionatário do jornalismo.

21 junho 2005

Dia Nacional de Luta em Defesa da
Formação e Regulamentação Profissional do Jornalista

Profissionais do jornalismo, professores, acadêmicos de Jornalismo de todo país, aqui incluo minha sobrinha, Kamilla Ratier Camacho, que iniciou há pouco a formação universitária em jornalismo, em Campo Grande (MS), e à sociedade em geral, é muito importante garantir a exigência da formação superior em jornalismo. Todos perderão com a queda da exigência de formação universitária específica dos jornalistas, numa sociedade complexa como a que vivemos, que exige, cada vez mais, profissionais bem preparado ética e tecnicamente, portanto, críticos.
Os profissionais, professores e estudantes de jornalismo do Brasil elegeram hoje, dia 21 de junho de 2005, o dia nacional de luta pela qualidade da formação e pela qualificação do jornalista. É um pena que em muitos locais, em muitas universidades essa campanha seja desconhecida e, mesmo quando conhecida, sem qualquer repercussão.
Estudantes de jornalismo lutem pela qualidade da profissão. Desenvolvam ações para a melhoria das condições profissionais e não aceitem qualquer tipo de trabalho que não esteja remunerado adequadamente. Não se prestem para mão-de-obra barata.

Moção de solidariedade
pela defesa da exigência de formação superior específica para o exercício da profissão de Jornalista

Considerando que depois de 60 anos de regulamentação e 80 de lutas pela qualificação dos jornalistas, com a formação superior em Jornalismo, há agora a clara ameaça do fim de quaisquer exigências para o exercício da profissão de Jornalista;

Considerando que a Federação Nacional dos Jornalistas e os Sindicatos dos Jornalistas Profissionais no País têm se posicionado contrários à decisão judicial, em primeira instância proferida pela Justiça Federal, que suspende qualquer exigência para o exercício da profissão de Jornalista;

Considerando que o ataque à profissão jornalística é mais um ataque às liberdades sociais e às profissões em particular. Com isso, amplia-se o campo das desregulamentações em geral e aumentam as barreiras à construção qualificada e lúcida de um mundo mais democrático, visível e justo;

Considerando que a decisão judicial acarreta claros prejuízos à ética profissional e amplia o controle sobre quem entra nas redações – do interesse particularizado expresso na contratação de apadrinhados políticos e ideológicos ao aviltamento profissional e salarial, por meio da contratação de pessoas que nada têm a ver com a formação específica na área;

Considerando que a existência de uma imprensa livre, comprometida com os valores éticos, com os princípios fundamentais da cidadania e com a informação imparcial exige qualificação e preparo dos profissionais envolvidos e que o fim da exigência da formação universitária para o exercício profissional em nada colabora para o aperfeiçoamento da democracia;

Considerando, ainda, que hoje já existe liberdade garantida para quem quiser expor sua opinião, como entrevistado ou articulista de uma determinada área. Com a desregulamentação, contudo, perde-se as raízes da vinculação do jornalismo ao interesse público, razão de sua consolidação como profissão nos últimos 60 anos. Com isso, além da própria categoria profissional ter redução de empregos, desprestígio em seu reconhecimento público, a própria sociedade, no conjunto, perde a referência qualitativa dos acontecimentos do dia-a-dia, essenciais para a liberdade de escolha do dia seguinte;

Considerando,finalmente, que se a decisão for consolidada, ataca a regulamentação em Jornalismo, atingindo profissionais e estudantes, desrespeita as identidades de cada área – e nisso desrespeita também as demais -, e fere frontalmente a sociedade em seu direito de ter informação apurada por profissionais, com qualidade técnica e ética, bases para a visibilidade pública dos fatos, debates, versões e opiniões contemporâneas. Ataca, portanto, ao próprio futuro do País e da sociedade brasileira.

Solicitamos o seu apoio à presente Moção de Solidariedade, em defesa da exigência de formação superior específica para o exercício da profissão de Jornalista e, de Apelo ao Superior Tribunal Federal (STF) para que a decisão judicial de primeira instância seja revista o mais breve possível.

Requeremos, igualmente, que desse apoio sejam enviadas cópias para o Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal, Nelson Jobim, e ao Senhor Sérgio Murilo, presidente da FENAJ - Federação Nacional dos Jornalistas.

20 junho 2005

Caos urbano em Capim Macio
Natal (RN), Brasil


Esta é um das muitas ruas que transitar aqui ou no solo lunar, não há diferença, tão cheia de buracos e irregularidades. Quem sabe mesmo transitar em solo lunar não seja mais fácil e tranqüilo?
Estas fotos contrastam com a beleza da foto de Ponta Negra. Sabemos que isso existe em qualquer cidade turística. Mas o caso do bairro de Capim Macio revela a negligência do poder público, pois o bairro tem uma das maiores taxas de IPTU do município, como muito bem informou o jornal Tribuna do Norte, edição do dia 19 de junho de 2005. Acesso ao jornal pelo endereço: www.tribunadonorte.com.br.

Situação de caos em Capim Macio


Uma outra foto para comprovar a situação. Infelizmente as fotos das ruas com a situação semelhante ao solo lunar não é possível captar por meio da fotografia. Na foto não aparece a real situação das ruas.

Situação de caos em Capim Macio


Esta é a situação da maior parte das ruas do bairro de Capim Macio em Natal (RN) que comprovam o descaso das autoridades públicas.

19 junho 2005

Capim Macio na Tribuna do Norte

O jornal Tribuna do Norte deste domingo traz uma reportagem que repercute artigo deste jornalista, publicado no dia 7 de junho último. O jornal faz uma matéria com melhor densidade e pontua os problemas do bairro e o descaso das autoridades que, novamente, colocam a culpa na falta de recursos e nos problemas de repasse de verba pelo Governo Federal. Contudo, o jornal apresenta de forma clara a arrecadação do IPTU de Natal e o quanto a prefeitura investa nas obras de infra-estrutura. Depois disso, fechar os olhos e ouvidos para os problemas da cidade confirma o que todos sabem, ou seja, a população é ouvida apenas em véspera de eleições. Eleito, para que ouvir a comunidade?

Situação de caos em Capim Macio

Para que não paire dúvidas sobre a situação do bairro de Capim Macio em Natal, vou publicar fotos das ruas para demonstrar a calamidade e o desrespeito das autoridades municipais para com os moradores e contribuintes que residem no local.

18 junho 2005

Natal RN - Brasil


Praia de Ponta Negra - ao fundo o Morro do Careca, Natal, RN, Brasil

Ponta Grossa PR


Pôr do sol em Ponta Grossa (PR).

PROERD

Um grande trabalho, um excelente projeto. Hoje pela manhã estivemos na cerimônia de "formatura" de mais de 1000 alunos do PROERD - Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência, promovido pela Polícia Militar do Rio Grande do Norte. O PROERD é um programa com caráter social preventivo, posto em prática pela Polícia Militar, junto com alunos da 4ª série, que estão na faixa etária entre 9 e 12 anos. É um esforço cooperativo entre a Polícia Militar, a Escola e pais dos alunos. Oferece atividades educacionais em sala de aula, que orientam as crianças para a necessidade de desenvolver as suas potencialidades e ajuda a preparar para o futuro uma geração consciente do exercício da cidadania.
É um belíssimo projeto que envolve as crianças e estimula na educação contra as drogas.
Foi impressionante o envolvimento das crianças com o programa. Não só pelos conceitos e orientações ensinadas, mas principalmente pelo envolvimento da criança e a consciência de que não era mais um tarefa ou um projeto da escola que não revele interesse. As crianças ficaram envolvidas. Criança nessa idade quando assume um fato, um conceito, tem isso como uma das coisas mais importantes de sua vida.
Nesse aspecto, temos que parabenizar os instrutores pela capacidade de envolvimento das crianças e pelo gosto que despertaram para o curso e seus princípios.
Foi realmente uma festa muito bonita!

Ainda as ruas de Capim Macio

A situação das ruas de Capim Macio, bairro localizado após o Parques das Dunas, é de um caos completo. Na rua onde moro, há muito não transito. Como faço para sair ou chegar em casa? Dou mil e uma voltas e desvios para chegar ao trabalho ou para levar o filho para a escola. A situação das ruas é caótica e o governo municipal ignora completamente a situação. O jeito é mesmo suspender o pagamento do IPTU.
Depois de muitos dias a fazer os desvios para sair ou chegar em casa, passei hoje pela rua de casa. Espanto geral com os buracos, deu a impressão de estar em solo lunar. Sr. prefeito Carlos Eduardo! É urgente pelo menos um trator para normalizar e nivelar as vias de Capim Macio. Poderia até mesmo dizer que o Parques das Dunas, um dos maiores parques urbanos do Brasil, sofreu um deslocamente de quase 1500 metros em direção oeste. Depois de mais de 30 dias de chuvas no litoral potiguar, os morros e buracos do Parque das Dunas se encontram no bairro de Capim Macio. Evidentemente é uma ironia para destacar a situação caótico da ruas do bairro.
Reivindicamos providências urgentes do Sr. prefeito de Natal para uma ação imediata no bairro. O mais impressionante dessa história toda é que há, no bairro, inúmeros edifícios residenciais. Para quem conhece Campo Grande (MS), vale a comparação com o bairro São Francisco, com uma pequena - outra ironia - diferença: este bairro está totalmente pavimentado e possui toda infra-estrutura de saneamento.
E por falar em saneamento, matéria publicada pelos telejornais brasileiros noticiaram que o Brasil está em posição inferior aos seus vizinhos latino-americanos no quesito saneamento básico. E Lula quer colocar o Brasil no Conselho de Segurança da ONU. Mais sensato será promover um mensalão em prol da educação e do saneamento básico no país.

16 junho 2005

Jornalismo se constitui campo de pesquisa consolidado

O jornalismo pode ser considerado um campo, uma área de pesquisa consolidada. O crescimento dos trabalhos produzidos e publicados em Congressos, Simpósios, Seminários e em edições impressas e eletrônicas são documentos comprobatórios da solidez e da realidade do fato.
No momento em que o CNPq discute uma nova tabela das áreas de conhecimento é impensável que o Jornalismo não seja mencionado esteja, minimamente, como subárea da Comunicação. Nos dias 20 e 21 de maio acontece em São Paulo, na ECA/USP, uma reunião para construir um documento com as contribuições da área de comunicação. Haverá sensatez entre os pesquisadores para indicar ao CNPq o Jornalismo como campo consolidado, principalmente por meio da institucionalização, crescimento e demanda crescente estabelecida pela Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo - SBPJor em seus últimos encontros.
O texto publicado pelo professor e jornalista Nilson Lage, no último dia 12 de maio, no Observatório da Imprensa, qualifica perfeitamente os riscos de um não reconhecimento do campo. A formação jornalística demanda pela qualidade de um profissional essencial nas relações sociais do século XXI. Essa qualificação deve passar, necessariamente, pela produção de pesquisa e pela construção constante de novos fazeres jornalísticos. Não se poderá continuar a reproduzir nas escolas de jornalismo o que se fazia há quase um século. As novas tecnologias capilarizam pela convergência das mídias, a multimídia, e com o acesso universal às mídias do ciberespaço a demanda pela qualificação profissional do jornalista cresce geometricamente.

09 junho 2005

Banir os cães da praia

A quantidade de bactérias e fungos nas praias natalenses merecem um alerta urgente para a Saúde Pública. SAÚDE PÚBLICA ALERTA! As pessoas que circulam pelas praias não prestam atenção aos sinais dessa situação. Isso porque os sintomas surgem de forma lenta e gradual. Pode-se perguntar aos freqüentadores das praias se não possuem marcas brancas na pele? se não tem a base das unhas do pé se descolando? Esses e vários outros sinais são conseqüências do alto índice de fungos e bactérias que tomam conta das areias das praias, principalmente em Ponta Negra. O fato é resultado da quantidade exacerbada de lixo freqüente na areia como latas de cerveja ou refrigerante, sacos de plástico e, o que é pior, o contínuo desfile de cães e gatos. Os excrementos dos cães é o principal motivo da proliferação dos fungos e bactérias na areia. É muito comum constatar os cães defecando e urinando na areia. E mais grave ainda é que os proprietários dos animais fazem questão de leva-los a um passeio para aproveitar a paisagem do nascente ou do poente. Ironias à parte, essa é uma atitude que não mede as conseqüências para a saúde do próprio dono do cachorro, como para os demais banhistas.
É um descaso total do proprietários de cães que se sentem "amigos" dos animais, "protetores" do "melhor" amigo do homem. No entanto, essa realidade provoca danos físicos nas pessoas e contribuem para o agravamento da poluição em nossas praias. Praias, assim como qualquer local público de lazer foi designado para seres humanos, para que possam realizar seu lazer, passear, levar crianças para brincar, passar momentos de conforto e alguns minutos de alegria em meio a tantas mazelas do cotidiano atual. Praia não foi feita para o banho e o lazer dos cães. Por um motivo muito simples! Eles defecam na areia! Não tem estrutura mental que os ensino a fazer suas necessidades fisiológicas em locais especialmente preparados para isso, como realiza o homem, pelo menos em seu estado natural, pois muitas vezes homens exacerbados pela bebida ou por qualquer outro tipo de droga se nivelam aos animais e produzem excrementos em qualquer local.

06 junho 2005

O colapso da telefonia móvel

O sistema de telefonia móvel no Brasil entrou em colapso. As empresas venderam mais linha do que tinham ou têm condições de atender. E ainda continuam vendendo. Não há investimento na infra-estrutura no mesmo ritmo em que são vendidas as linhas. Basta visitar as centenas de lojas que vendem aparelhos e linhas para verificar que a demanda, justificada ou não, é maior do que em qualquer outro momento. Criou-se no país uma ¿cultura¿ de consumo do aparelho de telefone celular que não perde em nada da demanda pelos insumos da cesta básica.A situação de colapso é generalizada em todo país e em todas as empresas. Telefones que não realizam chamadas, linhas clonadas, aparelhos que não conseguem receber chamadas, cobranças indevidas, contas de consumo que apresentam ligações para o exterior, conexões com internet a partir de aparelhos que nem têm essa possibilidade. Poderia encher páginas e páginas para relatar todos os problemas denunciados pelos consumidores referentes ao uso do telefone celular.
No Mato Grosso do Sul a empresa Vivo vai ressarcir os consumidores por causa da suspensão do serviço em pane que aconteceu alguns meses atrás. A Justiça do estado determinou o ressarcimento dos prejuízos dos clientes, bem como determinou que a empresa substituísse todos os aparelhos com tecnologia TDMA para o novo sistema adotado na região de cobertura da Vivo, CDMA. Apesar de tudo isso, o consumidor ainda paga por serviços que não utiliza e ligações que não finalizam.
No Rio Grande do Norte o congestionamento das linhas e a não finalização das ligações têm se tornado uma dor de cabeça para os usuários. Não obstante a isso as lojas estão abarrotadas de novos consumidores.
Em São Paulo o sistema realmente não funciona. A cidade é um centro de movimentação humana de magnitude. Além dos mais de 10 milhões de habitantes, circulam pelos terminais rodoviários e aeroviários outros 10 milhões que usam, ou melhor, emprestam a radiofreqüência dos aparelhos celulares. Nessa multidão pode-se imaginar a convulsão eletro-magnética que acontece na cidade.
Há ainda um outro aspecto a ser considerado para o incremento do uso de celulares. Devido às altas taxas, dito mínimas, de assinatura da telefonia convencional, muitas pessoas optam pelo usos de celulares, pois ficam livres dessa taxa e pagam pelo que usam nos aparelhos celulares. Muitas pessoas cancelaram as assinaturas dos telefones convencionais por causa do alto custo das taxas de assinatura.E ainda um outro aspecto merece reflexão sobre o caos da telefonia móvel. Trata-se do cartel estabelecido pelas empresas que exploram o serviço. Esse fato não é difícil de constatar. Basta ir a uma loja especializada na venda das linhas e aparelhos para constatar que os preços são os mesmos, tanto dos aparelhos ¿ que poderia ser justificado pela analogia dos modelos ¿ quanto das linhas, mesmo que uma empresa tenha, ou pelo menos deva ter, maior eficiência na sua atividade e na sua organização, ou ainda no que se refere ao tamanho de sua infra-estrutura que demandaria maior ou menor custo operacional.
E a regulamentação da atividade perguntaria o leitor a esta altura. A atividade é regulamentada pela Anatel ¿ Agencia Nacional de Telecomunicações, encarregada de fiscalizar o serviço. Segundo informações das regionais da Anatel em todo país, não há estrutura operacional suficiente para fiscalizar esse meganegócio. Assim, correto está o consumidor que, se sentindo lesado, procura os órgãos de defesa do consumidor e reclama, promove ações junto às procuradorias para cobrar regularidade do serviço e ressarcimento do dinheiro gasto ou investido. O fato ocorrido em Mato Grosso do Sul será referencia para que o consumidor cobre por seus direitos e as empresas respeitem o consumidor.A ampliação da infra-estrutura operacional das empresas é exigência imediata para uma qualidade mínima do serviço. Depois de um lucro fantástico é ridículo continuar com a precariedade do serviço. Se o descaso continuar, deverá a Anatel exigir e fiscalizar o cumprimento da legislação dessa área.

02 junho 2005

Capim Macio entre lama e buracos

A situação do bairro de Capim Macio é o retrato do descaso do poder público. As ruas sem qualquer benefício de urbanização agonizam no período de chuvas intensas. Conforme informações dos moradores do bairro, os imóveis são taxados com o maior valor de IPTU de Natal. Em oposição a isso as vias não possuem pavimentação, não há sistema de coleta de esgoto e em muitos locais não existe iluminação pública.
Num artigo publicado alguns meses atrás chamei a atenção do leitor e, espero, das autoridades públicas sobre as mazelas da praia de Ponta Negra, onde o esgoto corre em céu aberto, assim como os restos das construções na beira da praia são jogadas na areia e podem provocar acidentes com os banhistas, sejam turistas ou com os próprios natalenses que freqüentam a orla de Ponta Negra. A quantidade de cacos de vidro espalhados pela praia é enorme e pode provocar, com certeza provoca todos os dias, cortes graves nos pés dos banhistas. Esses ferimentos somados à poluição da praia podem resultar em sérias infecções.
Assim como Ponta Negra, Capim Macio é um bairro em que circulam muitas pessoas que visitam Natal, para não dizer diretamente o turista, mas nesse caso não se restringe a esse tipo de visitante, que vai encontrar a situação de calamidade de uma região urbana. A falta de urbanização do bairro é constrangedor para a administração municipal. Infelizmente esse não é um problema recente, daqueles que se poderia dizer que é uma situação momentânea e logo será resolvida. O acumulo de lixo nos terrenos baldios e mesmo nas vias de trânsito denotam que também os moradores não têm consciência da preservação da saúde e do meio ambiente. O problema do lixo se agrava porque a coleta não é realizada diariamente e assim os dejetos acumulados são focos de ratos, moscas e pernilongos, perturbando e colocando em risco a vida dos próprios moradores.
A situação atual do bairro é esta: ausência de iluminação pública em muitas ruas e em muitos pontos, lixo que se acumula nas ruas e em terrenos vazios, principalmente de sacos plásticos que, de uma forma impressionante, cresce a ¿infestação¿ proporcionando um quadro desolador que apresenta a nítida e real perspectiva de abandono total do poder público para com a região; ruas sem pavimentação cheias de buracos e quando chove a lama toma conta, não existem passeios públicos, ou seja, calçadas para o trânsito dos pedestres que são obrigados a circular pelo meio das ruas. Segurança? Isso é uma utopia. Funciona exclusivamente o sistema de segurança privada e em alguns casos o serviço de vigias que os moradores contratam.
Não obstante a tudo isso tem o IPTU mais caro da cidade e está tomado de grandes edifícios e moradias, ou seja, a arrecadação municipal tem uma grande receita, mas não retorna essa receita em benefícios para os moradores. Se faz necessário uma ação imediata, urgente para tornar o bairro com as condições mínimas de moradia. O poder público deve iniciar as obras de urbanização com a construção do sistema de coleta de esgoto, manutenção e ampliação da iluminação pública, pavimentação das vias, regulamentação para o processo de coleta de lixo e conservação dos imóveis vazios, fazer com que os proprietários conservem a limpeza dos terrenos sob pena de multa. São ações minimamente necessárias para que os moradores tenham condições de habitação num bairro que contribui para o desenvolvimento da cidade e por onde transita boa parte dos visitantes e turistas.

29 maio 2005

Restaurante Funchal - Ponta Negra - Natal RN

Hoje, 29 de maio de 2005, fui almoçar no Restaurante Funchal que fica na Av. Roberto Freire, em Ponta Negra, Natal. Tudo foi muito bem. A comida é muito boa e o preço é equiparado a um bom restaurante da região de Ponta Negra, embora haja cartazes e out-doors na cidade informando que o preço é o mais barato dos restaurantes de região. Em relação ao Camarões, sem dúvdia que é, pois o Camarões está cobrando R$ 40,00 em média por um "prato", enquanto o Funchal cobra R$ 30,00. No funchal duas pessoas comem muito bem com um "prato", enquanto que no Camarões isso não é possível. No cardápio o Camarões diz que é um pedido para duas pessoas, mas vem pouca comida. O problema no Funchal aconteceu na saída. Foram mal-educados quando pediram a carteira de identidade para checar o cheque e demoraram mais de 20 minutos para devolver. Não volto mais e tampouco recomendo!