22 junho 2005

Aprendizes de jornalistas contaminados pelo denuncismo e parcialidade de fontes

É impressionante constatar que o mal deita suas raízes nos neófitos e se alastra tomando conta dos mais incautos. Apesar de tantas e tantas vezes se orientar pela apuração equilibrada, sensata, ponderada; pela apuração devida de todas as fontes envolvidas no caso e, fundamentalmente, ouvir o denunciado, muitos aprendizes de jornalista estão enterrados nos vícios do pior tipo de jornalismo praticado no país, representado pelos "yellow press". Há centenas de profissionais, ou melhor, "profissionais", entre aspas, pois não dignificam a profissão, e talvez até por ingenuidade e ignorância, desconhecem as regras elementares da ética e dos procedimentos profissionais do jornalismo, pseudoprofissionais que atuam diuturnamente nos becos e porões da mais sórdida produção da informação. Não bastasse o mínimo de bom senso na pratica da apuração e produção do texto, são magistrais na criação de "estórias" e fantasias acerca de um personagem ou de um fato. O pseudojornalista do New York Times, Jayson Blair, é fichinha pequena diante da prática do denuncismo e da leviandade do falso testemunho. Toda esta reflexão é, em si, péssima, ruim, terrível. Fica pior ainda quando remete e se refere a aprendizes de jornalista.
Esses aprendizes - e até que ponto são realmente aprendizes? - não terão, por certo, espaço e possibilidades de atuação profissional - se chegarem lá e salvo apadrinhamento - como jornalistas!
Muito bem se referiu o Observatório da Imprensa na edição de 20 de maio de 2003, sobre o caso Jayson Blair. Trate-se de um estelionatário do jornalismo.

Nenhum comentário: