13 dezembro 2007

O que há de errado com a formação dos jornalistas?

Post publicado pelo professor Marcos Palácios no Blog do GJOL destaca a palestra do Prof. Koldo Meso, da Universidade de País Basco na Espanha, sobre as condições para o ensino de jornalismo e qualificação dos novos profissionais para as, digamos, novas relações de trabalho e produção.

Conforme o texto de Marcos Palácios, "no terceito dia do Mini-Curso sobre Tendências e Cenários Futuros do Jornalismo na Internet, em andamento na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia, o Prof. Koldo Meso, da Universidad del País Vasco (Espanha), falou sobre os processos de adaptação do ensino do jornalismo à nova situação de produção para múltiplas plataformas e assinalou o que já foi feito e o que está por ser feito".

A condição de "jornalista multimídia" tem sido continuamente ratificada nas aulas de ciberjornalismo ministradas pelo professor Gerson Luiz Martins na UFRN. Soma-se a esse aspecto, o domínio do instrumental da informática, principalmente no que diz respeito a banco de dados, softwares de aplicação gráfica e linguagem php, como referência principal, junto com banco de dados, para administração de informações na rede.

Cobertura completa do Mini Curso está no Blog Herdeiro do Caos, de Yuri Almeida.

12 dezembro 2007

Projeto ambiental de deputado em Mato Grosso do Sul prevê proteção ao mar e litoral

O jornal Correio do Estado desta quarta-feira, 12 de dezembro, publica notícia, de autoria da jornalista Eliane Ferreira, sobre o projeto de lei de autoria do Deputado Youssif Domingos (PMDB) que prevê proteção às áreas de marinha e litoral do Mato Grosso do Sul, estado situado na região do cerrado brasileiro e sem acesso ao mar.

O projeto em questão, segundo matéria do Correio do Estado, é cópia fiel do projeto aprovado pela Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul há sete anos e que hoje se constitui no Código Estadual do Meio Ambiente, Lei 11.520. O fato demonstra que os problemas de plágio não atingem somente estudantes e a classe artística. Na política há muitos projetos que o fazem descaradamente.

Fatos como esse demonstram o desrespeito e a truculência de certos políticos, que muitas vezes têm a cobertura da corporação.

Veja a matéria do jornal Correio do Estado aqui.

Especialistas da Espanha debatem em Salvador tendências do Jornalismo na Internet

Por Marcos Palácios

"Tendências e Cenários Futuros para o Jornalismo Digital" é o tema do debate que terá lugar na sexta-feira (dia 14), às 14:30 h., na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia, envolvendo seis dos maiores especialistas espanhóis em cibermeios, atualmente em visita acadêmica à Bahia.

O evento contará com as presenças dos professores Javier Díaz Noci (Universidade del País Vasco); Guillermo López (Universidad de Valencia); Koldo Meso (Universidad del País Vasco); Pere Masip (Universidad Ramón Llull); Bella Palomo (Universidad de Málaga) e Charo Sádaba (Universidad de Navarra).

A sessão é aberta ao público, gratuita e faz parte das atividades do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas, através do Convênio de Colaboração Brasil-Espanha, apoiado pela CAPES e DGU.

10 dezembro 2007

Consumidor paga mais por distribuição de energia do que por consumo


Em Mato Grosso do Sul o consumidor paga mais caro a distribuição da energia elétrica do que o próprio consumo. Conforme discriminação nas contas de energia elétrica da Enersul, que poucas vezes observam - ficam mais no valor total a ser pago, o preço da distribuição da energia é maior do que aquilo que o cidadão consome.

A pergunta que fica é: de quem é a responsabilidade dos custos de distribuição? Está correto cobrar do consumidor 120% pela distribuição em comparação ao que é de fato consumido? O serviço de distribuição de energia não deveria ser apenas uma taxa na conta?

Depois das privatizações das empresas de energia elétrica e de telecomunicações, o cidadão é penalizado diariamente. Os custos da telefonia, dos serviços de comunicação em geral e da energia elétrica foram periódica e amplamente reajustados sem qualquer controle do governo e muito menos do cidadão. Os lucros, mês após mês, ano após ano das empresas concessionárias têm sido exorbitantes e transformaram essas empresas nas mais rentáveis em todo mundo. Não é de se admirar que grupos empresariais brigam pelo controle dessas empresas.

De outro lado, o poder judiciário, quando chamado a dar uma basta no processo de lucros sobre lucros das empresas e ajustar a qualidade do serviço, levam décadas e nunca favorecem o cidadão. O poder público, que deveria fiscalizar esses serviços por meio das agências reguladoras, não o faz, ao contrário, essas agências se transformaram num quintal dos interesses dos grupos empresariais controladores das concessionárias de energia e de telefonia.

Cabe ao cidadão ficar alerta e infligir às empresas processos nos tribunais de pequenas causas.


Na foto acima, os débitos estão discriminados da seguinte forma:
- Energia Elétrica: R$ 45,11 (consumo efetivo)
- Serviço de Transmissão: R$ 5,55
- Serviço de Distribuição: R$ 63,22

Internet de alta velocidade é muito cara no Brasil


Da Folha OnLine Informática

O usuário brasileiro de serviços de alta velocidade de acesso à internet paga muito mais caro do que os internautas do exterior, conforme levantamento feito pela TelComp (Associação Brasileira de Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas).

Há casos em que a assinatura mensal de serviço de 1 Mbps no país custa quase 400 vezes o preço cobrado no exterior.

Na Itália, a Tiscali cobra o equivalente a R$ 4,32 ao mês pelo serviço de 1 Mbps. Na França, a Orange cobra R$ 5,02. Nos Estados Unidos, o preço da Time Warner é R$ 12,75. Os usuários japoneses podem adquirir a banda larga de 1 Mbps do Yahoo! por R$ 1,81. No Brasil, a TelComp levantou os preços de Telefônica, Net, Brasil Telecom e Oi.

Segundo a associação, a Net cobrava em São Paulo, em julho, R$ 39,95 por pacote de 1 Mbps e a Telefônica, até R$ 159,80. A Brasil Telecom cobrava até R$ 239,90.

Manaus registrou o valor mais alto, pela Oi: R$ 716,50 --a conexão é feita por satélite e, por isso, mais cara -o que é equivalente a 395 vezes o valor cobrado no Japão, segundo calcula a TelComp. Os valores foram pesquisados pela TelComp nos sites das operadoras, em julho.

Para o presidente da TelComp, Luiz Cuza, o governo deve implementar ferramentas de competição e atuar de forma firme nas questões de fusões e aquisições do mercado. "A concorrência propicia melhores preços e serviços", diz, em comunicado enviado por sua assessoria de imprensa.

09 dezembro 2007

Diretoria do FNPJ publica Chamada de Trabalhos para 11º Encontro Nacional de Professores de Jornalismo


A diretoria científica do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo e a Comissão Organizadora Local do 11º Encontro Nacional de Professores de Jornalismo publicaram a Chamada de Trabalhos para o evento que acontece em São Paulo, na Universidade Mackenzie, entre os dias 18 e 21 de abril de 2008. O tema central do evento será "Perfil e condições para o exercício da docência em Jornalismo". A conferência de abertura será realizada pela professora da Escola de Comunicações e Artes da USP, Cremilda Medina.

O 11º Encontro Nacional de Professores de Jornalismo terá ainda a realização do 1º Colóquio Ibero-americano de Professores de Jornalismo, para o qual estão convidados os professores José Marques de Melo (Brasil), Ramón Salaverría (Espanha), Nelson Traquina (Portugal), Thomas Bass (Estados Unidos) e Paulina Beatriz Emanuelli (Argentina).

As inscrições de trabalhos vão até o dia 31 de janeiro de 2008. Os coordenadores de GT tem até o dia 17 de fevereiro para encaminhar os aceites e os autores até o dia 3 de março para efetivar a sua inscrição.

Mais informações no sítio web do evento, no endereço: www.fnpj.org.br/11enpj.

Cidade Morena suja e abandonada

Campo Grande (MS), também conhecida como Cidade Morena vive momentos de completo abandono pela administração municipal. Caminhar ou trafegar pelas ruas da cidade é um exercício de paciência, um desafio para veículos e pedestres.

Na principal via pública comercial da cidade, Rua 14 de julho, há lixo acumulado nas sarjetas que coloca em risco a saúde e o bem estar da população. É impressionante a quantidade de copos plásticos, papel, papelão espalhado nas calçadas e sarjetas da rua.

Se o cidadão trafega de carro, vai se incomodar com a necessidade de parar em todas as esquinas que possuem semáforo. Como não há sincronização desses equipamentos, o motorista gasta combustível, tempo e deve ter muita paciência. É impressionante, pois o problema foi objeto do noticiário e a prefeitura municipal não realiza qualquer ação para resolver o problema. O tráfego de veículos na Cidade Morena é travado!

E esse não é o único problema para os motoristas e pedestres. A maior parte das ruas, das vias da cidade parecem uma "colcha de retalhos", o asfalto foi tantas vezes remendado que os veículos têm, com freqüência, problemas nos amortecedores. É muito complicado trafegar pelas ruas da cidade.
Essas situações provocam a sensação - talvez muito real - que a cidade está abandonada pelo poder público municipal.
O prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho, deveria deixar seu marketing pessoal de lado, de freqüentar as colunas sociais e abastecer de recursos públicos os colunistas sociais, e tratar de zelar pela cidade, que é de sua responsabilidade e para o que foi eleito.

01 dezembro 2007

Universidades não preparam jornalistas para as novas realidades

Alex Gamela, em O Lago, entrevista Antonio Granado, editor da edição online do jornal português Público, que recentemente lançou uma nova versão de seu site, com uso de vídeos e outras novidades.

Alguns trechos da entrevista:
"É evidente que a maioria das universidades não está a preparar os estudantes para as novas realidades. A título de exemplo, ainda se faz uma divisão entre o ensino do jornalismo escrito, radiofónico e televisivo, uma aproximação tipo século XX, já desactualizada".

"É preciso treinar os jornalistas para as tarefas que o novo jornalismo exige, é preciso fazê-lo com o apoio dos jornalistas e não contra eles. Em muitos sítios isto não está a ser feito".

"Penso que não há ainda jornalismo participativo em Portugal".

"O jornalista do futuro é alguém que consegue olhar para uma estória e contá-la da forma mais eficaz. Que se preocupa mais com os leitores e não tanto com as suas fontes".

Leia a íntegra da entrevista.

Por Marcos Palacios