09 novembro 2007

Jornais e TVs do Rio Grande do Norte erram em notícia sobre ação das marés


Os jornais e emissoras de TV do Rio Grande do Norte deram destaque, nesta semana, sobre a ação das marés no litoral potiguar. Nos últimos meses, o movimento das marés provocou a destruição de inúmeros imóveis construídos nas praias do estado.

Os telejornais e matérias dos jornais impressos atribuíram a situação ao desequilíbrio dos fatos naturais por causa do aquecimento global. Segundo a mídia do potiguar, o nível dos oceanos aumentou em torno de 10 cm, conforme reportagem veiculada pela Inter TV Cabugi. Que o nível dos oceanos aumentou em conseqüência da ação do homem sobre a natureza, não há dúvidas. No caso da destruição dos imóveis no litoral do Rio Grande do Norte e de outros estados do Brasil, como na cidade de Itapoá em Santa Catarina, muito se deve a ganância do homem, como diz o ditado "quem pode mais, chora menos", em construir sobre a praia. Boa parte das praias do Rio Grande do Norte e de outros estados foram invadidas pelos "donos do mar", em ação de privatização da área pública do litoral. As matérias da mídia potiguar não mostra que foi a ação do homem, ao invadir as praias, que provocou essa destruição.

legislação federal que determina distância mínima para construções no litoral, é a chamada "área de marinha". Para a maioria dos proprietários de imóveis do litoral, essa lei não existe e o poder público não tem competência para fiscalizar. Se o governo não regulamente as construções nas praias brasileiras, a natureza se encarrega disso.

O ciclo das marés simplesmente cobra sua área de volta. A natureza é implacável e agora quer a devolução das áreas invadidas pelo homem.

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Nota sobre as fotos:
As duas fotos são do mesmo imóvel na praia de Camurupim (RN), a primeira é recente - outubro de 2007. A segunda é de novembro de 2006. Pelas imagens se pode avaliar bem o trabalho da natureza, do ciclo das marés!

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