28 junho 2006

Sucata aérea e prejuízo para o usuário

Realmente o país perde com o desaparecimento de mais uma companhia aérea. Um território de dimensões continentais não pode ficar refém de apenas duas empresas de transporte aéreo. Enquanto em outros países com dimensões semelhantes há dezenas de empresas, no Brasil a situação capenga penaliza a população.
Li recentemente um artigo na internet que chamava a atenção para a precarização dos serviços no transporte aéreo. Isso é fato! As empresas começam a relaxar, não há disposição para manter um serviço de qualidade. A Gol, por exemplo, que sempre destacou em sua propaganda de ter a frota mais jovem do país, trabalho com sucatas. É fácil perceber que as aeronaves estão velhas, resultados de locações de aviões de outras empresas, onde foram colocados no “páteo”. E não é somente isso, além de um frota velha, o conforto interno é cada vez menor, se é que existe. A proximidade entre as poltronas é ínfima, que logo os passageiros terão que viajar em pé, pois não pode se acomodar sentados.
A situação é critica. E nesse ponto não resta outra alternativa a não ser a abertura do mercado para empresas internacionais. O roubo na Varig foi de tal magnitude que jogou no lixo um empresa de mais de 70 anos. É impressionante a mentalidade do empresariado brasileiro. É uma mentalidade de urubu, que come tudo e deixa somente os ossos, é uma mentalidade de exploração predatória, desde que os dólares esteja bem guardados, as contas em paraísos fiscais bem abastecidas, não importa o empreendimento, o serviço. Essa perspectiva empresarial é corrente nos países do terceiro mundo.

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