15 junho 2006

Globo e sua política da manipulação editorial


A edição desta noite, 15 de junho de 2006, do Jornal Naciona da TV Globo foi, novamente, um primor. Neste período pré-campanha eleitoral, quase todas as noites a Globo começa seu telejornal mais famoso e em seguida o apresentador e editor, Willian Bonner, informa que o jornal será interrompido pela "propaganda política" e "retornaremos em exatamente 20 minutos". E lá vamos nós aguentar esse intervalo de, em muitas das vezes, de pura comédia e em outras de um drama que o mais famoso novelista da própria Globo morreria de inveja.

Hoje foi diferente. Fátima Bernardes, direto da Alemanha, informa que o jornal, as notícias da Copa retornam em 11 minutos e nada mais. Depois disso o que se vê é a apresentação de um vídeo político, sem qualquer introdução, sem identificação, se se tratava de propaganda política, uma produção da própria Globo ou ainda, quem sabe, uma veiculação comercial. Os apresentadores do Jornal Nacional não fizeram, como sempre fizeram, referência ao espaço de propaganda política. O vídeo apresentado foi uma esculhanbação. Só faltou chamar os militares para um novo golpe. O general Geisel foi "santificado" e o país teve bons momentos e progresso durante o período da ditadura. No final do vídeo, de forma muito discreta, quase subliminar, aparece a identidade do autor ou do responsável pelo vídeo: PFL. Vou muito rápido! Em qualquer momento os locutores, apresentadores fizeram qualquer menção ao partido ou aos seus políticos. O vídeo tinha e teve um objetivo muito claro. Lamentável que a população brasileira ainda não esteja preparada para essas artimanhas e, talvez, muitos não tenham entendido o real objetivo dessa verdadeira "propaganda política" do PFL.
Foi um verdadeiro "truque baixo". Daqui a pouco teremos muitos outros, a exemplo do ACM, vulgo "Toninho Malvadeza" a pedir o fechamento do Congresso Nacional e a instalação de um Junta Militar para administrar o Brasil.

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