10 dezembro 2007

Consumidor paga mais por distribuição de energia do que por consumo


Em Mato Grosso do Sul o consumidor paga mais caro a distribuição da energia elétrica do que o próprio consumo. Conforme discriminação nas contas de energia elétrica da Enersul, que poucas vezes observam - ficam mais no valor total a ser pago, o preço da distribuição da energia é maior do que aquilo que o cidadão consome.

A pergunta que fica é: de quem é a responsabilidade dos custos de distribuição? Está correto cobrar do consumidor 120% pela distribuição em comparação ao que é de fato consumido? O serviço de distribuição de energia não deveria ser apenas uma taxa na conta?

Depois das privatizações das empresas de energia elétrica e de telecomunicações, o cidadão é penalizado diariamente. Os custos da telefonia, dos serviços de comunicação em geral e da energia elétrica foram periódica e amplamente reajustados sem qualquer controle do governo e muito menos do cidadão. Os lucros, mês após mês, ano após ano das empresas concessionárias têm sido exorbitantes e transformaram essas empresas nas mais rentáveis em todo mundo. Não é de se admirar que grupos empresariais brigam pelo controle dessas empresas.

De outro lado, o poder judiciário, quando chamado a dar uma basta no processo de lucros sobre lucros das empresas e ajustar a qualidade do serviço, levam décadas e nunca favorecem o cidadão. O poder público, que deveria fiscalizar esses serviços por meio das agências reguladoras, não o faz, ao contrário, essas agências se transformaram num quintal dos interesses dos grupos empresariais controladores das concessionárias de energia e de telefonia.

Cabe ao cidadão ficar alerta e infligir às empresas processos nos tribunais de pequenas causas.


Na foto acima, os débitos estão discriminados da seguinte forma:
- Energia Elétrica: R$ 45,11 (consumo efetivo)
- Serviço de Transmissão: R$ 5,55
- Serviço de Distribuição: R$ 63,22

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