01 junho 2007

Transporte aéreo no Brasil entre o caos e o desleixo

O perfil dos usuários de transporte aéreo mudou nos últimos anos. As salas de embarque possuem outro ritmo. Com as inúmeras promoções de passagens aéreas, finalmente a população tem acesso ao transporte aéreo. Num país de dimensões continentais como o Brasil, o aumenta da demanda de passageiros é fato natural. No outro lado da questão está o oligopólio das empresas que prestam o serviço e o descaso governamental nos terminais aeroportuários.
O aeroporto de Natal, por exemplo, não tem manutenção há vários meses. Sanitários e outras instalações estão sem limpeza e muito deterioradas. Essa situação, por si, revela o atendimento dado pela Infraero aos novos usuários. Aos poucos os aeroportos estão se transformando nos velhos, mal-cheirosos e decadentes terminais rodoviários. Será que o novo usuário do transporte aéreo merece isso? Até mesmo as aeronaves, cujas companhias possuem uma frota muito envelhecida, resultado do aluguel de sucata norte-americana, estão com sua configuração alterada para pior. As poltronas chegam a bater no rosto do passageiro atrás e os corredores não oferecem espaço para o trânsito regular e cômodo do passageiro.
O aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, se transformou numa grande feira livre. O comércio se espalha pelos locais de embargue.
Tudo isso está a transformar o transporte aéreo num martírio para novos e velhos usuários.

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