24 fevereiro 2006

Caso Nilson Lage exige uma reação do campo do jornalismo

É lamentável o fato ocorrido com o professor Nilson Lage conforme Nota divulgada pelo FNPJ, FENAJ e SBPJor. As entidades do campo do jornalismo devem disseminar o fato e encaminhar ações que objetivem reparação do constrangimento sofrido pelo professor Lage, um dos ícones do jornalismo brasileiro.

17 fevereiro 2006

Seca no sertão potiguar

A paisagem é desoladora! De Macaíba, região metropolitana de Natal, até Mossoró a cena é deprimente, de angústia. São kilometros e kilometros de mata seca, rios sem água, pontes que indicam nomes de rios que não existem. A população residente está habituada, afinal, como todos dizem, é um fenômeno cíclico e acontece todos os anos. Não há chuvas consistentes desde setembro de 2005. Estamos em fevereiro! Segundo os meteorologistas norte-rio-grandenses, depois do carnaval começa o chamado período do inverno, que na região nordeste quer dizer tempo de chuva, tanto que o "inverno" começa em março e termina em junho.

A viagem pelo sertão é repleta de pequenos arbustos totalmente secos. Na beira da estrada, pontas de cigarros dos viajantes provoca pequenos incendios, que não são de maiores proporções nem se sabe porque, pois o mato, o capim está totalmente seco. Qual a solução para isso? Como proporcionar condições dignas de vida para o sertanejo, para o morador da seca?

14 fevereiro 2006

Jornalismo x Publicidade

Um fato muito interessante. No dia 11 de fevereiro a InterTV Cabugi, afiliada Rede Globo no Rio Grande do Norte, veiculou reportagem na segunda edição do RN TV, programa jornalístico estadual exibido pela emissora, conforme modelo adotado pela Rede Globo em todo país, sobre as condições fisícas e de infra-estrutura de uma escola pública estadual, localizada em Natal. A escola, segundo a reportagem e demonstrado pelas imagens, não possui cobertura, não tem carteiras, as paredes com a pintura em visível estado de sujeira, com rascunhos e pixações. Na reportagem também foi mostrado que a escola sofre contínuos ataques de vandalos e ladrões que deixam a situação mais precária ainda. Na seqüência, no intervalo comercial, a emissora apresenta um vídeo publicitário do governo estadual que tem como slogan, chamada principal "O Rio Grande do Norte tá melhor"! É e foi trágico, para não dizer cômico. A reportagem sobre as condições extremamente precários de uma escola estudual, onde os alunos não podem freqüentar as aulas e de outro lado a propaganda do governo que informa que "escolas estão em ordem, que as estradas são novas e estão pavimentadas em todo estado, que a população tem moradia..."

Essa é a diferença entre jornalismo e publicidade. O jornalismo deve informar o real, a situação, o fato. A publicidade passa uma maquiagem e mostra o ideal ou a fantasia, ou ainda o irreal, pois se maquia a realidade, não é mais a realidade. É uma fantasia, uma falsidade, uma mentira.

Assistir TV nestes últimos dias se tornou algo desagrádavel, pois a veiculação da propaganda "O Rio Grande do Norte tá melhor" é intensa. De cada 10 veiculações publicitárias na TV, em qualquer emissora, 8 são do governo estadual. É massivo! Tanto que a musiquinha do "Rio Grande do Norte tá melhor" está quase incorporada nas pessoas. E aí uma das propriedades da publicidade, só que neste caso, pela veiculação excessiva, que nem mesmo as multinacionais tem cacife para bancar.