25 junho 2005

Construções que avançam na praia de Ponta Negra


Hotel em construção na praia de Ponta Negra

Estas obras cometem inúmeras irregularidades ambientais. Para formar um deck para lazer e piscina do hotel, foi soterrada quase 80% da praia. A faixa de praia neste ponto é mínima, não dá para caminhar e tampouco para os futuros hóspedes do hotel usarem a praia. O hotel deverá oferecer apenas a piscina. E no entendimento deles, para que mais do que isso? Na maré cheia, não há qualquer faixa de areia para se caminhar. O aterro de areia feito pelo hotel não permite, na maré cheia, que os usuários da praia atravessem de um lado a outro.

23 junho 2005

Chuvas intensas em Natal (RN)


Uma das ruas de Capim Macio com a chuva que caiu hoje!

O dia amanhaceu chuvoso em Natal (RN). Neste momento acumula 12 horas de chuva constante e sem interrupção. A precipitação intercala momentos de forte intensidade e de fraca, mas sem qualquer interrupção. O fato se traduz em inúmeras ruas e avenidas completamente alagadas e residências com muitas infiltrações de água. As paredes de alvenaria não consegue repelir a tamanha quantidade de água e há uma infiltração generalizada nas paredes internas das residências. A foto acima foi publicada na edição desta quinta-feira do Jornal de Hoje. Clique e confira!

22 junho 2005

Aprendizes de jornalistas contaminados pelo denuncismo e parcialidade de fontes

É impressionante constatar que o mal deita suas raízes nos neófitos e se alastra tomando conta dos mais incautos. Apesar de tantas e tantas vezes se orientar pela apuração equilibrada, sensata, ponderada; pela apuração devida de todas as fontes envolvidas no caso e, fundamentalmente, ouvir o denunciado, muitos aprendizes de jornalista estão enterrados nos vícios do pior tipo de jornalismo praticado no país, representado pelos "yellow press". Há centenas de profissionais, ou melhor, "profissionais", entre aspas, pois não dignificam a profissão, e talvez até por ingenuidade e ignorância, desconhecem as regras elementares da ética e dos procedimentos profissionais do jornalismo, pseudoprofissionais que atuam diuturnamente nos becos e porões da mais sórdida produção da informação. Não bastasse o mínimo de bom senso na pratica da apuração e produção do texto, são magistrais na criação de "estórias" e fantasias acerca de um personagem ou de um fato. O pseudojornalista do New York Times, Jayson Blair, é fichinha pequena diante da prática do denuncismo e da leviandade do falso testemunho. Toda esta reflexão é, em si, péssima, ruim, terrível. Fica pior ainda quando remete e se refere a aprendizes de jornalista.
Esses aprendizes - e até que ponto são realmente aprendizes? - não terão, por certo, espaço e possibilidades de atuação profissional - se chegarem lá e salvo apadrinhamento - como jornalistas!
Muito bem se referiu o Observatório da Imprensa na edição de 20 de maio de 2003, sobre o caso Jayson Blair. Trate-se de um estelionatário do jornalismo.

21 junho 2005

Dia Nacional de Luta em Defesa da
Formação e Regulamentação Profissional do Jornalista

Profissionais do jornalismo, professores, acadêmicos de Jornalismo de todo país, aqui incluo minha sobrinha, Kamilla Ratier Camacho, que iniciou há pouco a formação universitária em jornalismo, em Campo Grande (MS), e à sociedade em geral, é muito importante garantir a exigência da formação superior em jornalismo. Todos perderão com a queda da exigência de formação universitária específica dos jornalistas, numa sociedade complexa como a que vivemos, que exige, cada vez mais, profissionais bem preparado ética e tecnicamente, portanto, críticos.
Os profissionais, professores e estudantes de jornalismo do Brasil elegeram hoje, dia 21 de junho de 2005, o dia nacional de luta pela qualidade da formação e pela qualificação do jornalista. É um pena que em muitos locais, em muitas universidades essa campanha seja desconhecida e, mesmo quando conhecida, sem qualquer repercussão.
Estudantes de jornalismo lutem pela qualidade da profissão. Desenvolvam ações para a melhoria das condições profissionais e não aceitem qualquer tipo de trabalho que não esteja remunerado adequadamente. Não se prestem para mão-de-obra barata.

Moção de solidariedade
pela defesa da exigência de formação superior específica para o exercício da profissão de Jornalista

Considerando que depois de 60 anos de regulamentação e 80 de lutas pela qualificação dos jornalistas, com a formação superior em Jornalismo, há agora a clara ameaça do fim de quaisquer exigências para o exercício da profissão de Jornalista;

Considerando que a Federação Nacional dos Jornalistas e os Sindicatos dos Jornalistas Profissionais no País têm se posicionado contrários à decisão judicial, em primeira instância proferida pela Justiça Federal, que suspende qualquer exigência para o exercício da profissão de Jornalista;

Considerando que o ataque à profissão jornalística é mais um ataque às liberdades sociais e às profissões em particular. Com isso, amplia-se o campo das desregulamentações em geral e aumentam as barreiras à construção qualificada e lúcida de um mundo mais democrático, visível e justo;

Considerando que a decisão judicial acarreta claros prejuízos à ética profissional e amplia o controle sobre quem entra nas redações – do interesse particularizado expresso na contratação de apadrinhados políticos e ideológicos ao aviltamento profissional e salarial, por meio da contratação de pessoas que nada têm a ver com a formação específica na área;

Considerando que a existência de uma imprensa livre, comprometida com os valores éticos, com os princípios fundamentais da cidadania e com a informação imparcial exige qualificação e preparo dos profissionais envolvidos e que o fim da exigência da formação universitária para o exercício profissional em nada colabora para o aperfeiçoamento da democracia;

Considerando, ainda, que hoje já existe liberdade garantida para quem quiser expor sua opinião, como entrevistado ou articulista de uma determinada área. Com a desregulamentação, contudo, perde-se as raízes da vinculação do jornalismo ao interesse público, razão de sua consolidação como profissão nos últimos 60 anos. Com isso, além da própria categoria profissional ter redução de empregos, desprestígio em seu reconhecimento público, a própria sociedade, no conjunto, perde a referência qualitativa dos acontecimentos do dia-a-dia, essenciais para a liberdade de escolha do dia seguinte;

Considerando,finalmente, que se a decisão for consolidada, ataca a regulamentação em Jornalismo, atingindo profissionais e estudantes, desrespeita as identidades de cada área – e nisso desrespeita também as demais -, e fere frontalmente a sociedade em seu direito de ter informação apurada por profissionais, com qualidade técnica e ética, bases para a visibilidade pública dos fatos, debates, versões e opiniões contemporâneas. Ataca, portanto, ao próprio futuro do País e da sociedade brasileira.

Solicitamos o seu apoio à presente Moção de Solidariedade, em defesa da exigência de formação superior específica para o exercício da profissão de Jornalista e, de Apelo ao Superior Tribunal Federal (STF) para que a decisão judicial de primeira instância seja revista o mais breve possível.

Requeremos, igualmente, que desse apoio sejam enviadas cópias para o Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal, Nelson Jobim, e ao Senhor Sérgio Murilo, presidente da FENAJ - Federação Nacional dos Jornalistas.

20 junho 2005

Caos urbano em Capim Macio
Natal (RN), Brasil


Esta é um das muitas ruas que transitar aqui ou no solo lunar, não há diferença, tão cheia de buracos e irregularidades. Quem sabe mesmo transitar em solo lunar não seja mais fácil e tranqüilo?
Estas fotos contrastam com a beleza da foto de Ponta Negra. Sabemos que isso existe em qualquer cidade turística. Mas o caso do bairro de Capim Macio revela a negligência do poder público, pois o bairro tem uma das maiores taxas de IPTU do município, como muito bem informou o jornal Tribuna do Norte, edição do dia 19 de junho de 2005. Acesso ao jornal pelo endereço: www.tribunadonorte.com.br.

Situação de caos em Capim Macio


Uma outra foto para comprovar a situação. Infelizmente as fotos das ruas com a situação semelhante ao solo lunar não é possível captar por meio da fotografia. Na foto não aparece a real situação das ruas.

Situação de caos em Capim Macio


Esta é a situação da maior parte das ruas do bairro de Capim Macio em Natal (RN) que comprovam o descaso das autoridades públicas.

19 junho 2005

Capim Macio na Tribuna do Norte

O jornal Tribuna do Norte deste domingo traz uma reportagem que repercute artigo deste jornalista, publicado no dia 7 de junho último. O jornal faz uma matéria com melhor densidade e pontua os problemas do bairro e o descaso das autoridades que, novamente, colocam a culpa na falta de recursos e nos problemas de repasse de verba pelo Governo Federal. Contudo, o jornal apresenta de forma clara a arrecadação do IPTU de Natal e o quanto a prefeitura investa nas obras de infra-estrutura. Depois disso, fechar os olhos e ouvidos para os problemas da cidade confirma o que todos sabem, ou seja, a população é ouvida apenas em véspera de eleições. Eleito, para que ouvir a comunidade?

Situação de caos em Capim Macio

Para que não paire dúvidas sobre a situação do bairro de Capim Macio em Natal, vou publicar fotos das ruas para demonstrar a calamidade e o desrespeito das autoridades municipais para com os moradores e contribuintes que residem no local.

18 junho 2005

Natal RN - Brasil


Praia de Ponta Negra - ao fundo o Morro do Careca, Natal, RN, Brasil

Ponta Grossa PR


Pôr do sol em Ponta Grossa (PR).

PROERD

Um grande trabalho, um excelente projeto. Hoje pela manhã estivemos na cerimônia de "formatura" de mais de 1000 alunos do PROERD - Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência, promovido pela Polícia Militar do Rio Grande do Norte. O PROERD é um programa com caráter social preventivo, posto em prática pela Polícia Militar, junto com alunos da 4ª série, que estão na faixa etária entre 9 e 12 anos. É um esforço cooperativo entre a Polícia Militar, a Escola e pais dos alunos. Oferece atividades educacionais em sala de aula, que orientam as crianças para a necessidade de desenvolver as suas potencialidades e ajuda a preparar para o futuro uma geração consciente do exercício da cidadania.
É um belíssimo projeto que envolve as crianças e estimula na educação contra as drogas.
Foi impressionante o envolvimento das crianças com o programa. Não só pelos conceitos e orientações ensinadas, mas principalmente pelo envolvimento da criança e a consciência de que não era mais um tarefa ou um projeto da escola que não revele interesse. As crianças ficaram envolvidas. Criança nessa idade quando assume um fato, um conceito, tem isso como uma das coisas mais importantes de sua vida.
Nesse aspecto, temos que parabenizar os instrutores pela capacidade de envolvimento das crianças e pelo gosto que despertaram para o curso e seus princípios.
Foi realmente uma festa muito bonita!

Ainda as ruas de Capim Macio

A situação das ruas de Capim Macio, bairro localizado após o Parques das Dunas, é de um caos completo. Na rua onde moro, há muito não transito. Como faço para sair ou chegar em casa? Dou mil e uma voltas e desvios para chegar ao trabalho ou para levar o filho para a escola. A situação das ruas é caótica e o governo municipal ignora completamente a situação. O jeito é mesmo suspender o pagamento do IPTU.
Depois de muitos dias a fazer os desvios para sair ou chegar em casa, passei hoje pela rua de casa. Espanto geral com os buracos, deu a impressão de estar em solo lunar. Sr. prefeito Carlos Eduardo! É urgente pelo menos um trator para normalizar e nivelar as vias de Capim Macio. Poderia até mesmo dizer que o Parques das Dunas, um dos maiores parques urbanos do Brasil, sofreu um deslocamente de quase 1500 metros em direção oeste. Depois de mais de 30 dias de chuvas no litoral potiguar, os morros e buracos do Parque das Dunas se encontram no bairro de Capim Macio. Evidentemente é uma ironia para destacar a situação caótico da ruas do bairro.
Reivindicamos providências urgentes do Sr. prefeito de Natal para uma ação imediata no bairro. O mais impressionante dessa história toda é que há, no bairro, inúmeros edifícios residenciais. Para quem conhece Campo Grande (MS), vale a comparação com o bairro São Francisco, com uma pequena - outra ironia - diferença: este bairro está totalmente pavimentado e possui toda infra-estrutura de saneamento.
E por falar em saneamento, matéria publicada pelos telejornais brasileiros noticiaram que o Brasil está em posição inferior aos seus vizinhos latino-americanos no quesito saneamento básico. E Lula quer colocar o Brasil no Conselho de Segurança da ONU. Mais sensato será promover um mensalão em prol da educação e do saneamento básico no país.

16 junho 2005

Jornalismo se constitui campo de pesquisa consolidado

O jornalismo pode ser considerado um campo, uma área de pesquisa consolidada. O crescimento dos trabalhos produzidos e publicados em Congressos, Simpósios, Seminários e em edições impressas e eletrônicas são documentos comprobatórios da solidez e da realidade do fato.
No momento em que o CNPq discute uma nova tabela das áreas de conhecimento é impensável que o Jornalismo não seja mencionado esteja, minimamente, como subárea da Comunicação. Nos dias 20 e 21 de maio acontece em São Paulo, na ECA/USP, uma reunião para construir um documento com as contribuições da área de comunicação. Haverá sensatez entre os pesquisadores para indicar ao CNPq o Jornalismo como campo consolidado, principalmente por meio da institucionalização, crescimento e demanda crescente estabelecida pela Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo - SBPJor em seus últimos encontros.
O texto publicado pelo professor e jornalista Nilson Lage, no último dia 12 de maio, no Observatório da Imprensa, qualifica perfeitamente os riscos de um não reconhecimento do campo. A formação jornalística demanda pela qualidade de um profissional essencial nas relações sociais do século XXI. Essa qualificação deve passar, necessariamente, pela produção de pesquisa e pela construção constante de novos fazeres jornalísticos. Não se poderá continuar a reproduzir nas escolas de jornalismo o que se fazia há quase um século. As novas tecnologias capilarizam pela convergência das mídias, a multimídia, e com o acesso universal às mídias do ciberespaço a demanda pela qualificação profissional do jornalista cresce geometricamente.

09 junho 2005

Banir os cães da praia

A quantidade de bactérias e fungos nas praias natalenses merecem um alerta urgente para a Saúde Pública. SAÚDE PÚBLICA ALERTA! As pessoas que circulam pelas praias não prestam atenção aos sinais dessa situação. Isso porque os sintomas surgem de forma lenta e gradual. Pode-se perguntar aos freqüentadores das praias se não possuem marcas brancas na pele? se não tem a base das unhas do pé se descolando? Esses e vários outros sinais são conseqüências do alto índice de fungos e bactérias que tomam conta das areias das praias, principalmente em Ponta Negra. O fato é resultado da quantidade exacerbada de lixo freqüente na areia como latas de cerveja ou refrigerante, sacos de plástico e, o que é pior, o contínuo desfile de cães e gatos. Os excrementos dos cães é o principal motivo da proliferação dos fungos e bactérias na areia. É muito comum constatar os cães defecando e urinando na areia. E mais grave ainda é que os proprietários dos animais fazem questão de leva-los a um passeio para aproveitar a paisagem do nascente ou do poente. Ironias à parte, essa é uma atitude que não mede as conseqüências para a saúde do próprio dono do cachorro, como para os demais banhistas.
É um descaso total do proprietários de cães que se sentem "amigos" dos animais, "protetores" do "melhor" amigo do homem. No entanto, essa realidade provoca danos físicos nas pessoas e contribuem para o agravamento da poluição em nossas praias. Praias, assim como qualquer local público de lazer foi designado para seres humanos, para que possam realizar seu lazer, passear, levar crianças para brincar, passar momentos de conforto e alguns minutos de alegria em meio a tantas mazelas do cotidiano atual. Praia não foi feita para o banho e o lazer dos cães. Por um motivo muito simples! Eles defecam na areia! Não tem estrutura mental que os ensino a fazer suas necessidades fisiológicas em locais especialmente preparados para isso, como realiza o homem, pelo menos em seu estado natural, pois muitas vezes homens exacerbados pela bebida ou por qualquer outro tipo de droga se nivelam aos animais e produzem excrementos em qualquer local.

06 junho 2005

O colapso da telefonia móvel

O sistema de telefonia móvel no Brasil entrou em colapso. As empresas venderam mais linha do que tinham ou têm condições de atender. E ainda continuam vendendo. Não há investimento na infra-estrutura no mesmo ritmo em que são vendidas as linhas. Basta visitar as centenas de lojas que vendem aparelhos e linhas para verificar que a demanda, justificada ou não, é maior do que em qualquer outro momento. Criou-se no país uma ¿cultura¿ de consumo do aparelho de telefone celular que não perde em nada da demanda pelos insumos da cesta básica.A situação de colapso é generalizada em todo país e em todas as empresas. Telefones que não realizam chamadas, linhas clonadas, aparelhos que não conseguem receber chamadas, cobranças indevidas, contas de consumo que apresentam ligações para o exterior, conexões com internet a partir de aparelhos que nem têm essa possibilidade. Poderia encher páginas e páginas para relatar todos os problemas denunciados pelos consumidores referentes ao uso do telefone celular.
No Mato Grosso do Sul a empresa Vivo vai ressarcir os consumidores por causa da suspensão do serviço em pane que aconteceu alguns meses atrás. A Justiça do estado determinou o ressarcimento dos prejuízos dos clientes, bem como determinou que a empresa substituísse todos os aparelhos com tecnologia TDMA para o novo sistema adotado na região de cobertura da Vivo, CDMA. Apesar de tudo isso, o consumidor ainda paga por serviços que não utiliza e ligações que não finalizam.
No Rio Grande do Norte o congestionamento das linhas e a não finalização das ligações têm se tornado uma dor de cabeça para os usuários. Não obstante a isso as lojas estão abarrotadas de novos consumidores.
Em São Paulo o sistema realmente não funciona. A cidade é um centro de movimentação humana de magnitude. Além dos mais de 10 milhões de habitantes, circulam pelos terminais rodoviários e aeroviários outros 10 milhões que usam, ou melhor, emprestam a radiofreqüência dos aparelhos celulares. Nessa multidão pode-se imaginar a convulsão eletro-magnética que acontece na cidade.
Há ainda um outro aspecto a ser considerado para o incremento do uso de celulares. Devido às altas taxas, dito mínimas, de assinatura da telefonia convencional, muitas pessoas optam pelo usos de celulares, pois ficam livres dessa taxa e pagam pelo que usam nos aparelhos celulares. Muitas pessoas cancelaram as assinaturas dos telefones convencionais por causa do alto custo das taxas de assinatura.E ainda um outro aspecto merece reflexão sobre o caos da telefonia móvel. Trata-se do cartel estabelecido pelas empresas que exploram o serviço. Esse fato não é difícil de constatar. Basta ir a uma loja especializada na venda das linhas e aparelhos para constatar que os preços são os mesmos, tanto dos aparelhos ¿ que poderia ser justificado pela analogia dos modelos ¿ quanto das linhas, mesmo que uma empresa tenha, ou pelo menos deva ter, maior eficiência na sua atividade e na sua organização, ou ainda no que se refere ao tamanho de sua infra-estrutura que demandaria maior ou menor custo operacional.
E a regulamentação da atividade perguntaria o leitor a esta altura. A atividade é regulamentada pela Anatel ¿ Agencia Nacional de Telecomunicações, encarregada de fiscalizar o serviço. Segundo informações das regionais da Anatel em todo país, não há estrutura operacional suficiente para fiscalizar esse meganegócio. Assim, correto está o consumidor que, se sentindo lesado, procura os órgãos de defesa do consumidor e reclama, promove ações junto às procuradorias para cobrar regularidade do serviço e ressarcimento do dinheiro gasto ou investido. O fato ocorrido em Mato Grosso do Sul será referencia para que o consumidor cobre por seus direitos e as empresas respeitem o consumidor.A ampliação da infra-estrutura operacional das empresas é exigência imediata para uma qualidade mínima do serviço. Depois de um lucro fantástico é ridículo continuar com a precariedade do serviço. Se o descaso continuar, deverá a Anatel exigir e fiscalizar o cumprimento da legislação dessa área.

02 junho 2005

Capim Macio entre lama e buracos

A situação do bairro de Capim Macio é o retrato do descaso do poder público. As ruas sem qualquer benefício de urbanização agonizam no período de chuvas intensas. Conforme informações dos moradores do bairro, os imóveis são taxados com o maior valor de IPTU de Natal. Em oposição a isso as vias não possuem pavimentação, não há sistema de coleta de esgoto e em muitos locais não existe iluminação pública.
Num artigo publicado alguns meses atrás chamei a atenção do leitor e, espero, das autoridades públicas sobre as mazelas da praia de Ponta Negra, onde o esgoto corre em céu aberto, assim como os restos das construções na beira da praia são jogadas na areia e podem provocar acidentes com os banhistas, sejam turistas ou com os próprios natalenses que freqüentam a orla de Ponta Negra. A quantidade de cacos de vidro espalhados pela praia é enorme e pode provocar, com certeza provoca todos os dias, cortes graves nos pés dos banhistas. Esses ferimentos somados à poluição da praia podem resultar em sérias infecções.
Assim como Ponta Negra, Capim Macio é um bairro em que circulam muitas pessoas que visitam Natal, para não dizer diretamente o turista, mas nesse caso não se restringe a esse tipo de visitante, que vai encontrar a situação de calamidade de uma região urbana. A falta de urbanização do bairro é constrangedor para a administração municipal. Infelizmente esse não é um problema recente, daqueles que se poderia dizer que é uma situação momentânea e logo será resolvida. O acumulo de lixo nos terrenos baldios e mesmo nas vias de trânsito denotam que também os moradores não têm consciência da preservação da saúde e do meio ambiente. O problema do lixo se agrava porque a coleta não é realizada diariamente e assim os dejetos acumulados são focos de ratos, moscas e pernilongos, perturbando e colocando em risco a vida dos próprios moradores.
A situação atual do bairro é esta: ausência de iluminação pública em muitas ruas e em muitos pontos, lixo que se acumula nas ruas e em terrenos vazios, principalmente de sacos plásticos que, de uma forma impressionante, cresce a ¿infestação¿ proporcionando um quadro desolador que apresenta a nítida e real perspectiva de abandono total do poder público para com a região; ruas sem pavimentação cheias de buracos e quando chove a lama toma conta, não existem passeios públicos, ou seja, calçadas para o trânsito dos pedestres que são obrigados a circular pelo meio das ruas. Segurança? Isso é uma utopia. Funciona exclusivamente o sistema de segurança privada e em alguns casos o serviço de vigias que os moradores contratam.
Não obstante a tudo isso tem o IPTU mais caro da cidade e está tomado de grandes edifícios e moradias, ou seja, a arrecadação municipal tem uma grande receita, mas não retorna essa receita em benefícios para os moradores. Se faz necessário uma ação imediata, urgente para tornar o bairro com as condições mínimas de moradia. O poder público deve iniciar as obras de urbanização com a construção do sistema de coleta de esgoto, manutenção e ampliação da iluminação pública, pavimentação das vias, regulamentação para o processo de coleta de lixo e conservação dos imóveis vazios, fazer com que os proprietários conservem a limpeza dos terrenos sob pena de multa. São ações minimamente necessárias para que os moradores tenham condições de habitação num bairro que contribui para o desenvolvimento da cidade e por onde transita boa parte dos visitantes e turistas.